A FALA DO SINISTRO DO STF

O que o Sinistro Barroso falou, lá no stf, durante o julgamento de exceção quanto aos atos do dia 8/1?
Ele explicou, em tom arrogantemente professoral e sarcástico, o que é comunismo, e ao final disse, textualmente, o seguinte:

“Eu só faço essa observação porque a gente precisa restabelecer, no Brasil, num processo importante de pacificação, o sentido mínimo das palavras, e enfrentar a incultura.”

Atento às palavras de barroso quanto à necessidade de restabelecer “o sentido mínimo das palavra”, resolvi aqui analisar uma a uma a mensagem que ele deu ao final da sua exposição enfadonha.

1. restabelecer, no Brasil, (…): barroso deixa claro que esse período da história nacional é de fato de desfazer tudo o que foi feito nos anos anteriores – seja pelo governo de Bolsonaro, seja pelo despertar do povo. O que ele, barroso, quer é que o país volte à condição que tinha antes. E, por conclusão lógica, esse “antes” só pode ser uma coisa: antes do que existiu até o final do ano passado. Nada mais reacionário do que isso – e com o reacionarismo partindo de um que se diz “progressista”;
2. processo de pacificação: barroso deixa claro que o o que está sendo feito é uma “pacificação” no Brasil, quando aquele próprio julgamento do qual participa deixa claro que o que se faz é uma perseguição implacável à direita (especialmente ao bolsonarismo);
3. enfrentar a incultura: barroso deixa claro que na sua opinião aqueles que dizem que há comunismo no Brasil são pessoas “incultas”; foi uma forma elegante (digamos assim) para chamar de ignorantes os direitistas. E o membro do stf deixou claro que compete a ele enfrentar essa ignorância – porque ele já disse outras vezes que enfrentou, por exemplo, o bolsonarismo, e o derrotou.

Veja-se que, quando analisamos de fato o “sentido mínimo das palavras”, conseguimos extrair o contexto em que foram ditas, interpretando o seu real significado. Realmente, barroso acha mesmo que compete a ele (e aos outros membros do stf) “pacificar” a sociedade, e “enfrentar” os ignorantes – no caso, a direita política.

O fato é que barroso não entende nada de “sentido mínimo das palavras”.

Na verdade, o que existe é um processo subversivo em curso no Brasil. E nesse processo subversivo, a revolução semântica, com a mundança do sentido das palavras (do léxico) é uma das características. Assim, “defesa da democracia” é impor totalitarismo, “atos anti-democráticos” são manifestações políticas populares, e “terroristas” são cidadãos comuns.

Nada mais claro do que a distopia orwelliana, na conhecida expressão constante da obra 1984: “guerra é paz, liberdade é escravidão, ignorância é força.”

No final, a sociedade será objeto de uma grande engenharia social que visa “reeducar os dissidentes”, no sentido de fazê-los “aprender o que é democracia”… É para isso que esse julgamento está servindo.

Esta entrada foi publicada em Política. Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *